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O luto não é linear - o mito das 5 fases -


Diversos profissionais que trabalham com perdas ainda compreendem, de maneira equivocada, o luto como fases lineares. Primeiro passamos pela negação, depois a raiva, barganha, depressão e só então entramos na fase da aceitação e aí o luto termina. Mas a verdade é que o luto não é esse processo linear que te falam. 


O luto é complexo, dinâmico, contextualizado e multideterminado, ou seja, a forma como a pessoa irá responder a perda dependerá de diversos fatores internos e externos. Isso não quer dizer que a pessoa não poderá sentir raiva, barganha e tantos outros sentimentos que uma perda nos manifesta. Mas isso não vai representar uma fase previsível e definida


O luto é um processo único para cada pessoa, essa má compreensão do trabalho da Kubler-Ross, além de não levar em conta a própria individualidade do sujeito com a perda e  sua relação única com o ente querido, também limita aquele que, diante da dor da perda, ainda se vê na obrigação de caber em caixas, de cumprir o que o outro diz como o que é certo de sentir em determinada fase que pressupõe que o enlutado esteja. 


Colocar o sofrimento da perda em fases progressivas e lineares faz com que se tenha uma expectativa de como o outro deve reagir diante da perda, e assim, perder a qualidade essencial e necessária desse processo, a escuta aos sentimentos reais e o acolhimento genuíno desse sujeito .


 
 
 

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