Luto não é só por morte
- Julia Maria Monteiro Omena
- 2 de dez. de 2024
- 1 min de leitura
Maria Helena Franco, uma das maiores teóricas sobre luto no Brasil, baseada nas teorias de John Bowlby e Colin Parkes define o luto como um processo de construção de significado decorrente do rompimento de um vínculo. Essa definição amplia nossa compreensão sobre o luto, mostrando que ele pode ser desencadeado por diversas situações de perda, de ruptura desse vínculo, não se limitando apenas à morte.
A demissão de um emprego pode representar a perda de um vínculo com colegas, rotina e identidade profissional. O término de um relacionamento pode gerar sentimentos de luto pela perda do parceiro e dos planos futuros e vida compartilhada. A imigração ou emigração, o adoecimento, o diagnóstico de uma doença crônica, mudanças significativas na vida, como aposentadoria ou mudanças de identidade também podem levar a um processo de luto.
Ao reconhecermos e validarmos essas experiências de luto, estamos abrindo espaço para a expressão emocional e para a elaboração dessas perdas. Portanto, ao compreendermos que o luto não é apenas sobre a morte, estamos não só ampliando nossa compreensão sobre o tema, mas também oferecendo suporte e acolhimento para aqueles que enfrentam diferentes formas de perda em suas vidas.
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